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Diário de um Camaleão

Um cantinho de pensamentos, poesias e reflexões para relaxar, divertir e entreter

Tocando em frente
Posted:Dec 9, 2007 8:49 am
Last Updated:Oct 6, 2009 9:02 am
3610 Views

Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz, quem sabe
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Eu nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir
É preciso chuva para florir

Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou

Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir
É preciso chuva para florir

Todo mundo ama um dia, todo mundo chora
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
E cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz

Almir Sater & Renato Teixeira

Tocando em frente (trad. libre)

Camino lento porque ya tuve prisa
Y llevo esa sonrisa porque ya lloré demás
Hoy me siento más fuerte, más feliz quien sabe
Solamente con la certeza de que sé muy poco o nada sé

Conocer las mañas y las mañanas
El sabor de las masas y de las manzanas
Se necesita amor para poder palpitar
Se necesita paz para poder sonreír
Se necesita la lluvia para florear

Pienso que vivir la vida sería simplemente
Comprender la marcha pisando el terreno
Como un viejo ganadero
Llevando su ganado voy pisando los días
Por el largo camino voy, camino soy

Conocer las mañas y las mañanas
El sabor de las masas y de las manzanas
Se necesita amor para poder palpitar
Se necesita paz para poder sonreír
Se necesita la lluvia para florear

Todo el mundo un día ama, todo el mundo llora
Un día alguien llega, el otro día se marcha
Cada uno se inventa su historia
Cada uno lleva encima el don de ser capaz
y ser feliz

Conocer las mañas y las mañanas
El sabor de las masas y de las manzanas
Se necesita amor para poder palpitar
Se necesita paz para poder sonreír
Se necesita la lluvia para florear

Camino lento porque ya tuve prisa
Y llevo esa sonrisa porque ya lloré demás
Cada uno se inventa su historia
Cada uno lleva encima el don de ser capaz
y ser feliz

Almir Sater & Renato Teixeira
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Natureza Humana II
Posted:Dec 8, 2007 6:17 am
Last Updated:Mar 5, 2008 12:41 pm
3074 Views

Nem sempre caminho a estrada da razão, entre devaneios e ilusões labirinta a realidade. Ouso e temo. O tempo se arrasta a velocidade da luz.

Quantos paralelos posso criar?
A ambigüidade no ar, a inexistência sôfrega que acompanha o pulso da vida. O que é não existir, existe? Deus é a dúvida para todas as respostas.

Viver a razão pelo sentimento. No turbilhão dos sentidos, nada faço. Serenidade para fluir com as ondas, a procura do não ser. Não ser humano, ser uno. A humanidade pisa sobre espinhos pois esqueceu-se de voar.

Amar é a síntese da glória anunciada pela unicidade, a união desinteressada dos seres, em busca do bem maior. Posso amar e posso sofrer, mas não posso voar. As correntes da herança, da lembrança, de esquecer... que hoje um homem não é humanidade?

Mas a carne tem os seus prazeres, e amar e sofrer, e amar e se dar, é viver como se não existisse outra coisa se não essa, que é a vida que cabe a cada um de nós, humanidade sem rumo, o uno sem voz.

the_lonely_guy
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Natureza Humana I
Posted:Dec 7, 2007 5:55 am
Last Updated:Mar 5, 2008 12:41 pm
3533 Views

Será que um dia a humanidade vai despertar? Vai encontrar dentro de si o que procura tanto, o amor pleno, desinteressado e incontido? Vai deixar de apenas sorver e nutrir o indivíduo para finalmente encontrar a harmonia universal entre as energias dissonantes? É preciso antes perceber que um retrocesso é necessário, uma reavaliação da própria natureza humana, em seus aspectos mais desumanos, as vezes tão necessários. A violência, a intolerância, o ódio, a vingança são aspectos da natureza que o homem médio procura renegar, mas que de maneira subliminar aplica todos os dias em seus atos e que só surgem a sua frente como atos de outros aonde não lhe cabe responsabilidade. Guerras, fome, miséria, segregação; em terras distantes ou a 2 quarteirões parecem não ter relação com o indivíduo, mas tem. Todos são responsáveis pelo que acontece com tudo. Somos uma teia intrincada e qualquer movimento reflete no todo. Impossível fugir da responsabilidade. É hora de assumir e modificar, lutar pela sobrevivência não do homem, mas da humanidade. Pela harmonia universal de todas as energias existentes no universo. Pelo amor universal, contra o individualismo e seus mesquinhos prazeres egocêntricos. Mais prática, mais atos, menos falação!

the_lonely_guy
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As rosas não falam
Posted:Dec 6, 2007 5:26 am
Last Updated:Mar 5, 2008 12:42 pm
3128 Views

Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão, enfim

Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Queixo-me às rosas, mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhava meus sonhos
Por fim

Angenor de Oliveira, o "Cartola"
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Amar
Posted:Dec 5, 2007 2:44 am
Last Updated:Dec 6, 2007 5:26 am
3488 Views

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

Carlos Drummond de Andrade
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Amei-te e por te amar...
Posted:Dec 4, 2007 2:30 am
Last Updated:Jan 17, 2008 7:56 pm
3519 Views

Amei-te e por te amar!
Só a ti eu não via...
Eras o céu e o mar,
Eras à noite e o dia...

Só quando te perdi,
É que eu te conheci...
Quando te tinha diante,
Do meu olhar submerso.

Não eras minha amante...
Eras o Universo...
Agora que te não tenho,
És só do teu tamanho.

Estavas-me longe na alma,
Por isso eu não te via...
Presença em mim tão calma,
Que eu a não sentia.

Só quando meu ser te perdeu,
Vi que não eras eu.
Não sei o que eras. Creio,
Que o meu modo de olhar,

Meu sentir meu anseio,
Meu jeito de pensar...
Eras minha alma, fora,
Do Lugar e da Hora...

Hoje eu busco-te e choro,
Por te poder achar.
Não sequer te memoro,
Como te tive a amar...

Nem foste um sonho meu...
Porque te choro eu?
Não sei... Perdi-te,
e és hoje,
Real no [...] real...

Como a hora que foge,
Foges e tudo é igual
A si - próprio e é tão triste,
O que vejo que existe.

Em que és [...] fictício,
Em que tempo parado.
Foste o (...) cilício,
Que quando em fé fechado.

Não sentia e hoje sinto,
Que acordo e não me minto...
[...] tuas mãos, contudo,
Sinto nas minhas mãos,

Nosso olhar fixo e mudo,
Quantos momentos vãos.
Pra além de nós viveu,
Nem nosso, teu ou meu...

Quantas vezes sentimos,
Alma nosso contacto.
Quantas vezes seguimos,
Pelo caminho abstrato.

Que vai entre alma e alma...
Horas de inquieta calma!
E hoje pergunto em mim,
Quem foi que amei, beijei.

Com quem perdi o fim,
Aos sonhos que sonhei...
Procuro-te e nem vejo,
O meu próprio desejo...

Fernando Pessoa
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Posted:Dec 3, 2007 3:20 am
Last Updated:Mar 23, 2009 10:55 pm
3292 Views

"A vida é como jogar uma bola na parede:
Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul;
Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde;
Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca;
Se a bola for jogada com força, ela voltará com força.
Por isso, nunca "jogue uma bola na vida" de forma
que você não esteja pronto a recebê-la.
A vida não dá nem empresta;
não se comove nem se apieda.
Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir
aquilo que nós lhe oferecemos."

Albert Einstein
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Devolve
Posted:Dec 2, 2007 4:09 am
Last Updated:Mar 11, 2011 7:50 am
3274 Views

Devolve toda a tranqüilidade
Toda a felicidade
Que eu te dei e que perdi
Devolve todos os sonhos loucos
Que eu construí aos poucos
E te ofereci
Devolve, eu peço, por favor
Aquele imenso amor
Que nos teus braços esqueci
Devolve, que eu te devolvo ainda
Esta saudade infinda
Que eu tenho de ti.

Mário Lago
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Posted:Dec 1, 2007 7:49 pm
Last Updated:Mar 23, 2009 10:55 pm
3299 Views

"No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento..."

Mario Quintana
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Canção da Plenitude
Posted:Nov 29, 2007 9:23 pm
Last Updated:Mar 5, 2008 12:44 pm
3269 Views

Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo de adolescente,
e a pele translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas,
sou uma estrutura agrandada pelos anos
e o peso dos fardos bons ou ruins.

(Carreguei muitos com gosto e
alguns com rebeldia)
O que posso te dar é mais que
tudo que perdi:
dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir quando
em outros tempos choraria,
buscar te agradar quando antigamente
quereria apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que
beleza e juventude agora:
esses dourados anos me
ensinaram a amar melhor,
com mais paciência e não
menos ardor,
e entender-te se precisas,
e agradar-te quando vais,
e dar-te regaço de amante
e colo de amiga,
e sobretudo força ...
que vem do aprendizado.
Isso te posso dar:
um mar antigo e confiável cujas marés,
mesmo se fogem - retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços,
mas o sonho interminável das sereias.

Lya Luft
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